Freitag, 21. November 2008

Já que citas Poe, Físico...

SONNET - TO SCIENCE

Science! True daughter of Old Time thou art!
Who alterest all things with thy peering eyes.
Why preyest thou thus upon the poet's heart,
Vulture, whose wings are dull realities?
How should he love thee? or how deem thee wise,
Who wouldst not leave him in his wandering
To seek for treasure in the jewelled skies,
Albeit he soared with an undaunted wing?
Hast thou not dragged Diana from her car?
And driven the Hamadryah from the wood
To seek a shelter in somme happier star?
Hast thou not torn the Naiad from her flood,
The elfin from the green grass, and from me
The summer dream beneath the tamarind tree?

E.A.Poe

Freitag, 14. November 2008

Valsas Negras

Beija-me o meu peito mudo,
Talvez nasça um coração!...
Vesti em luvas de veludo
As garras da minha mão.
Sente como são macias;
Sente como são tão falsas;
Que eu nem sinto a luz dos dias
Que fogem em escuras valsas.

Beija os meus lábios de ferros
E eu ferro-os na tua boca.
Ouves cantos onde há berros
Que ecoam numa alma louca.
Alma louca e oca que dança;
Que dança ao mudo compasso
Do seu peito sem esperança,
Das valsas negras do espaço.

Rafael Silveira Neves, 02.11.08