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Donnerstag, 23. September 2010

Verdade Universal e Insana n.º 4


Verdade Universal e Insana n.º 4:

«Os cães são como lobos sem pinta»

Pensem em lobos maus. Por piores que sejam, terão de admitir isto: São maus em conjunto, vivem em estruturas organizadas, cultivam valores de força e protecção da comunidade. Correm e caçam livres, são corajosos, e a sua crueldade valeu-lhes a sua elevação a pequenos deuses da noite e da guerra.

Pensem agora em cães patetas. Poderá alguma criatura ser mais patética que um cão? vemos neles lealdade, mas na verdade são apenas servis; chocam contra coisas; e agitam alegremente a cauda como se fosse o estandarte da sua estupidez. São ciumentos. Ladram de medo quando se deparam com coisas que lhes são desconhecidas. Em suma, as piores características dos cães são as piores características do Homem. Não admira que sejam melhores amigos.
Somos todos patetas. Mas estranhamente encantadores.

Sonntag, 13. Juni 2010

Verdade Universal e Insana n.º 3

Há combinações de comida que nunca devem ser experimentadas.

Entre elas, a mais mortífera será um jantar exorbitantemente picante, acompanhado por uma sobremesa constituída apenas por ameixas secas.

Freitag, 28. Mai 2010

Deus guarde este homem!



Franz Sacher

Ao estilo do Cosme... temperado por uma potente dose de bom-senso... prometo um justo e merecido prémio à primeira pessoa que me disser o que fez este senhor de aparência cómica e em que contexto.

Samstag, 17. April 2010

Verdade Universal e Insana n.º 2

Verdade Universal e Insana n.º 2:

«Entre o Peixe-Espada e o Peixe-Parede, ou nadas ou afogas-te

É verdade. Qualquer um que esteja tramado de qualquer modo terá sempre de estrebuchar como um peixe fora da água da normalidade circunstancial. Terá sempre de fingir que sabe nadar enquanto se afunda rogando pragas, degradado, mas sempre revestido num manto imperial de artificial dignidade. Afoga-se se não conseguir encontrar uma forma inteligente de esquivar-se aos peixinhos.

Ou aprende a nadar e manda o Peixe-Espada e o Peixe-Parede irem dar banho ao Peixe-Cão.

Ou se torna num tubarão e come o Peixe-Espada e o Peixe-Parede.

Ou então transforma-se num Peixe-Buldozer e dá cabo do Peixe-Parede.

Ou então transforma-se num Peixe-Rato e esburaca o Peixe-Parede, formando depois uma aliança com o Peixe-Cão contra o Peixe-Gato, vil e tirânico usurpador dos mares e assassino de massas do povo dos peixinhos.(sei que referir este traidor é uma massada, mas a menção do nome do ignóbil Peixe-Gato e do Ictiofagio-canibalismo que vivemos serve-me para demonstrar que, num mundo em que o peixe come o peixe, que come o peixe, que come o outro peixinho que comeu o peixao, é verdade - o Homem é o Peixe do Homem.)

Ou então pede ao Peixe-Balão para lhe dar uma ajuda e uma boleia para longe, depois festejando com ele a noite do Peixe-São-João, mesmo não sendo crente.

Ou então transforma-se num Peixe-Escudo para ensinar ao Peixe-Espada quem manda.

Ou então pede ao Peixe-Aranha para lhe fazer uma rede e apanhar o Peixe-Espada e o Peixe-Parede e os comer ao jantar, grelhadinhos com um bom vinho branco.

Ou então transforma-se num Peixe-Porco e (peço desculpa) caga-se para o Peixe-Espada e o Peixe-Parede.

Ou então afoga-se.

As possibilidades são muitas. E raramente se verifica uma total ausência e soluções para escaparmos a situações aparentemente inescapáveis.

Mittwoch, 14. April 2010

Verdade Universal e Insana n.º 1

Verdade Universal e Insana n.º 1:

«As pessoas não são bonsais»

De facto, todos nós temos raízes, tronco vital e rebentos, um dia. E, cortadas as raízes com que crescemos e amadurecemos, apenas nos resta definhar e murchar opacamente. Se se cortam as raízes, o tronco da vida e os rebentos e a abundante e rica folhagem morrem.

Por outro lado, se nos cortam a folhagem e a tentam controlar na nossa idade de outro, nunca chegaremos a ser tão verdejantes e magníficos como poderíamos ser.

A verdade é que somos todos árvores belas e únicas. Cortar-nos, reduzir-nos, podar-nos, formar-nos das raízes à pontinha das folha, esculpir-nos em formas apresentáveis, e tornarem-nos regulares e agradáveis de ver - são todos tristes meios para nos tirarem soberba flor e doce fruto.

As nossas raízes devem ser preservadas. Mas, em caso algum, se deve impedir que a árvore cresça, amadureça e ganhe as suas próprias formas, explorando a unicidade da sua magnificência. Apenas protegidas ternamente as raízes e deixando a sobeja juventude crescer e ser verde, feliz e livre, poderemos um dia olhar para nós e declarar, solenemente, que florescemos e provámos a doçura dos frutos de quem somos e nos tornámos livremente.