Se até à falésia me abeiro
Para as tuas velas enfim olhar
E voando então sobre o mai
Tua luz me cegar como um raio
Se na nívea espuma entrar
Querer-me-á a maré impedir
Quererá a corrente impelir
E tu segues sempre no teu mar
Oh tão perdido estaria
E em toda a alma elevado
Com a voz ausente por fim diria
Este meu coração troveja
Das intempéries fortalecido
Em torrentes largas se abrirá.
Pedro A. Cosme e S.
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