Lenore - EAP
Ah, broken is the golden bowl! the spirit flown forever!
Let the bell toll! -a saintly soul floats on the Stygian river -
And, Guy De Vere, hast thou no tear? -weep now or never more!
See! on yon drear and rigid bier low lies thy love, Lenore!
Come! let the burial rite be read -the funeral song be sung!
- An anthem for the queenliest dead that ever died so young
- A dirge for her, the doubly dead in that she died so young.
"Wretches! ye loved her for her wealth and hated her for her pride,
And when she fell in feeble health, ye blessed her -that she died!
How shall the ritual, then, be read? -the requiem how be sung
By you -by yours, the evil eye, -by yours, the slanderous tongue
That did to death the innocence that died, and died so young?"
Peccavimus; but rave not thus! and let a Sabbath song
Go up to God so solemnly the dead may feel no wrong!
The sweet Lenore hath "gone before," with Hope, that flew beside,
Leaving thee wild for the dear child that should have been thy bride -
For her, the fair and debonnaire, that now so lowly lies,
The life upon her yellow hair but not within her eyes -
The life still there, upon her hair -the death upon her eyes.
Avaunt! tonight my heart is light. No dirge will I upraise,
But waft the angel on her flight with a paean of old days!
Let no bell toll! -lest her sweet soul, amid its hallowed mirth,
Should catch the note, as it doth float up from the damned Earth.
To friends above, from fiends below, the indignant ghost is riven -
From Hell unto a high estate far up within the Heaven -
From grief and groan to a golden throne beside the King of Heaven."
Donnerstag, 25. Dezember 2008
Lenore's Lullaby
Caros Leitores,
Penso que é chegado o momento de vos mostrar algo da minha autoria. É uma musica inspirada no poema "Lenore" de E.A.Poe, que enviarei seguidamente. Peço desde já desculpa pela gravação de fraca qualidade e pela voz enferrujada, que não canta tanto desde que os venerandos mestres das ciências jurídicas a emudeceram com quilos de sabedoria a estudar.
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Newborn child from the night's black womb,
Lawful heir to the throne of gloom,
Shut your eyes to embrace the light.
Dream of me as you dreamt before,
Lulled by me and the diamond shore
Shut your eyes to embrace me tonight.
Sweet dreams, my sweet Lenore.
Dream forever, my sweet Lenore.
Golden soul and golden hair,
No one lived nor died so fair.
Dream of the day when I fell to your charms.
So fall asleep, my sweet Lenore,
Lulled by me and the diamond shore,
Newborn child from the night's black womb,
Lawful heir to the throne of gloom,
Shut your eyes to embrace the light.
Dream of me as you dreamt before,
Lulled by me and the diamond shore
Shut your eyes to embrace me tonight.
Sweet dreams, my sweet Lenore.
Dream forever, my sweet Lenore.
Golden soul and golden hair,
No one lived nor died so fair.
Dream of the day when I fell to your charms.
So fall asleep, my sweet Lenore,
Lulled by me and the diamond shore,
For tonight, you will die in my arms.
Sweet Dreams, my sweet Lenore,
Dream forever, my sweet Lenore.
Dream of me as you dreamt before,
For I will love you - forevermore.
Sweet Dreams, my sweet Lenore,
Dream forever, my sweet Lenore.
Dream of me as you dreamt before,
For I will love you - forevermore.
A solidão em Kierkegaard
"Na tumultuosa vida de de sociedade, é possível pecar por ignorância, mas esse pecado tem desculpa; não assim para aqueles que pecam contra a solidão pacífica, porque esta é sagrada. Tudo quando perturbar a solidão ficará marcado com o sinal da culpa, e o casto comércio do silêncio, uma vez ofendido, nunca mais perdoará."
S. Kierkegaard, O Banquete
S. Kierkegaard, O Banquete
Fragmento de Epicuro
(carta a Meneceu, final)
"A prudência, da qual nascem todas as outras virtudes, revela-se como mais preciosa que a filosofia: ela ensina-nos que não saberíamos viver agradavelmente sem prudência, sem honestidade e sem justiça, e que com estas virtudes não poderíamos viver sem prazer. As virtudes, na verdade, são da mesma natureza que a vida com prazer, e a vida com prazer é indissociável delas.
(...)
Assim viverás tu como um deus entre os homens - porque o homem que vive de bens imortais não tem nada de comum com um mortal."
-Epicuro
"A prudência, da qual nascem todas as outras virtudes, revela-se como mais preciosa que a filosofia: ela ensina-nos que não saberíamos viver agradavelmente sem prudência, sem honestidade e sem justiça, e que com estas virtudes não poderíamos viver sem prazer. As virtudes, na verdade, são da mesma natureza que a vida com prazer, e a vida com prazer é indissociável delas.
(...)
Assim viverás tu como um deus entre os homens - porque o homem que vive de bens imortais não tem nada de comum com um mortal."
-Epicuro
Correspondência Natalicia
Deixei hoje o seguinte comentário neste artigo de blog, da autoria do professor e filósofo Desidério Murcho:
http://dererummundi.blogspot.com/2008/12/liberdade-e-preconceito.html
Deliciem-se (ou não) com o comentário e comentes por sua vez. Um feliz Natal a todos
Se é certo que as declarações do Papa incomodam alguns indivíduos (homossexuais ou não) e que certos homossexuais incomodam muitas pessoas (católicos e não só),
a verdade é que existem ainda as declarações que conseguem incomodar ambos os lados. É pelo menos assim que me sinto face às afirmações do Professor,
gostaria por isso de deixar patente a mina ideia sobre o assunto.
Primeiro gostaria de salvaguardar que uma relação, ou mesmo "maneira de ser", homossexual não se resume ou esgota em pénis, anûs e interacções entre estes.
Um homossexual não o é exclusivamente por se entregar a situações prazenteiras com finlandeses altos ou angolanos avantajados, da mesma forma que seria chocante para a maioria heterossexual
afirmar que a emotividade destes se resume a vaginas ocupadas!
Em segundo lugar (este sim um tópico mais sério) queria fazer um reparo à opinião exposta pelo Professor. Refere que não devem ser procuradas normas morais na natureza mas sim no pensamento humano.
E não é o pensamento senão parte integrante, estruturante e procedente da natureza humana?
É neste ponto que discordo do Professor, recorrendo ao seu exemplo, não nos damos a prazeres na rua exactamente porque é da nossa natureza não o fazer. A meu ver, a questão da tensão deve exactamente ser vista como uma tensão e não como uma contradição:
sermos culturais advém da nossa natureza e a cultura condiciona a nossa natureza. Em última análise não passa de uma auto-regulação natural.
Faz, desta forma, todo o sentido procurar vectores morais na natureza (em particular na humana mas não só).
Posso não concordar com a forma como as afirmações do Sumo Pontífice abordam o tema da homossexualidade mas não me consigo opor ao "método moral" que estas apregoam.
http://dererummundi.blogspot.com/2008/12/liberdade-e-preconceito.html
Deliciem-se (ou não) com o comentário e comentes por sua vez. Um feliz Natal a todos
Se é certo que as declarações do Papa incomodam alguns indivíduos (homossexuais ou não) e que certos homossexuais incomodam muitas pessoas (católicos e não só),
a verdade é que existem ainda as declarações que conseguem incomodar ambos os lados. É pelo menos assim que me sinto face às afirmações do Professor,
gostaria por isso de deixar patente a mina ideia sobre o assunto.
Primeiro gostaria de salvaguardar que uma relação, ou mesmo "maneira de ser", homossexual não se resume ou esgota em pénis, anûs e interacções entre estes.
Um homossexual não o é exclusivamente por se entregar a situações prazenteiras com finlandeses altos ou angolanos avantajados, da mesma forma que seria chocante para a maioria heterossexual
afirmar que a emotividade destes se resume a vaginas ocupadas!
Em segundo lugar (este sim um tópico mais sério) queria fazer um reparo à opinião exposta pelo Professor. Refere que não devem ser procuradas normas morais na natureza mas sim no pensamento humano.
E não é o pensamento senão parte integrante, estruturante e procedente da natureza humana?
É neste ponto que discordo do Professor, recorrendo ao seu exemplo, não nos damos a prazeres na rua exactamente porque é da nossa natureza não o fazer. A meu ver, a questão da tensão deve exactamente ser vista como uma tensão e não como uma contradição:
sermos culturais advém da nossa natureza e a cultura condiciona a nossa natureza. Em última análise não passa de uma auto-regulação natural.
Faz, desta forma, todo o sentido procurar vectores morais na natureza (em particular na humana mas não só).
Posso não concordar com a forma como as afirmações do Sumo Pontífice abordam o tema da homossexualidade mas não me consigo opor ao "método moral" que estas apregoam.
Donnerstag, 11. Dezember 2008
δεμος και δειμος
Caríssimos,
não sendo este um blog proeminentemente político, gostaria de tecer as minhas considerações sobre os recentes acontecimentos na minha amada (se bem que à data platonicamente) Grécia.
Aqueles que minimamente me conhecem e que poderiam julgar que a minha orientação política seria a de condenar o motim e a sublevação, vou, com as minhas desculpas, desapontar.
Com efeito não só aceito e compreendo a revolta, porque ao fim do sexto dia consecutivo considero-a tal, como a acho necessária e expectável. Não se trata de nada mais que a Democracia em todo o seu poder, simultâneamente glorioso e assustador.
Tal como Aristóteles nos ensina no livro V da Política as causas de sublevações são variadas, e ainda mais num regime democrático onde a liberdade individual é venerada e acentuada. Estas revoltas contudo não são por mim vistas como nefastas na generalidade mas com um bem que amiúde vem repor a boa governação ou exigir e principiar a acção da justiça quando esta é inexistente.
É aliás salutar que tais eventos aconteçam numa altura em que a Europa se acomodou na sua democracia (muitas vezes à sombra dos EUA que tendo um sistema político invejavelmente utópico não são uma Democracia mas sim uma Républica) não esperando, prevendo e ainda menos desejando uma real intervenção da massa social que em teoria a compõe. Cabe ao estrato social de suporte dar provas da sua existência e poderio. Tendo, dentro deste, os individuos mais esclarecidos e conhecedores (dos quais a juventude estudantil é um exemplo) o dever e obrigação morais e mesmo éticos de alertar e conduzir a contestação, relembrando Sócrates na sua apologia: "espicaçar" os espípiritos.
Como foi já referido nos media o caso do assassinato do jovem de 15 anos não foi mais que o acender de um barril de pólvora que permitisse e inflamasse o demos para que este se demonstrasse pela força, único recurso disponível.
O tema era já referido na Política:
«As alterações de regime podem surgir por não se atender a minudências. Chamo "minudências" porque, muitas vezes não nos damos conta que o desdém de pormenores ínfimos acarreta uma grande revolução nas leis e nos costumes.» Aristóteles - Política, V 1303a 20
Considero portanto que os acontecimentos na Grécia são perfeitamente compreensíveis, e mais espero sinceramente que resultem em algum efeito prático e visivel. Sendo que não conhecendo todo o panorama político grego não faz sentido pronunciar-me sobre quais os melhores resultados, queria apenas mostrar o meu apoio intelectual e a minha solidariedade para com os revoltosos e expressar a minha fé em que as suas acçõas não sejam totalmente em vão. Pois voltando a Aristóteles:
«As revoltas nascem de minudências mas não visam minudências: sempre grandes objectivos.» Aristóteles - idem, V 4.1
não sendo este um blog proeminentemente político, gostaria de tecer as minhas considerações sobre os recentes acontecimentos na minha amada (se bem que à data platonicamente) Grécia.
Aqueles que minimamente me conhecem e que poderiam julgar que a minha orientação política seria a de condenar o motim e a sublevação, vou, com as minhas desculpas, desapontar.
Com efeito não só aceito e compreendo a revolta, porque ao fim do sexto dia consecutivo considero-a tal, como a acho necessária e expectável. Não se trata de nada mais que a Democracia em todo o seu poder, simultâneamente glorioso e assustador.
Tal como Aristóteles nos ensina no livro V da Política as causas de sublevações são variadas, e ainda mais num regime democrático onde a liberdade individual é venerada e acentuada. Estas revoltas contudo não são por mim vistas como nefastas na generalidade mas com um bem que amiúde vem repor a boa governação ou exigir e principiar a acção da justiça quando esta é inexistente.
É aliás salutar que tais eventos aconteçam numa altura em que a Europa se acomodou na sua democracia (muitas vezes à sombra dos EUA que tendo um sistema político invejavelmente utópico não são uma Democracia mas sim uma Républica) não esperando, prevendo e ainda menos desejando uma real intervenção da massa social que em teoria a compõe. Cabe ao estrato social de suporte dar provas da sua existência e poderio. Tendo, dentro deste, os individuos mais esclarecidos e conhecedores (dos quais a juventude estudantil é um exemplo) o dever e obrigação morais e mesmo éticos de alertar e conduzir a contestação, relembrando Sócrates na sua apologia: "espicaçar" os espípiritos.
Como foi já referido nos media o caso do assassinato do jovem de 15 anos não foi mais que o acender de um barril de pólvora que permitisse e inflamasse o demos para que este se demonstrasse pela força, único recurso disponível.
O tema era já referido na Política:
«As alterações de regime podem surgir por não se atender a minudências. Chamo "minudências" porque, muitas vezes não nos damos conta que o desdém de pormenores ínfimos acarreta uma grande revolução nas leis e nos costumes.» Aristóteles - Política, V 1303a 20
Considero portanto que os acontecimentos na Grécia são perfeitamente compreensíveis, e mais espero sinceramente que resultem em algum efeito prático e visivel. Sendo que não conhecendo todo o panorama político grego não faz sentido pronunciar-me sobre quais os melhores resultados, queria apenas mostrar o meu apoio intelectual e a minha solidariedade para com os revoltosos e expressar a minha fé em que as suas acçõas não sejam totalmente em vão. Pois voltando a Aristóteles:
«As revoltas nascem de minudências mas não visam minudências: sempre grandes objectivos.» Aristóteles - idem, V 4.1
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