Donnerstag, 25. Dezember 2008

Correspondência Natalicia

Deixei hoje o seguinte comentário neste artigo de blog, da autoria do professor e filósofo Desidério Murcho:

http://dererummundi.blogspot.com/2008/12/liberdade-e-preconceito.html

Deliciem-se (ou não) com o comentário e comentes por sua vez. Um feliz Natal a todos

Se é certo que as declarações do Papa incomodam alguns indivíduos (homossexuais ou não) e que certos homossexuais incomodam muitas pessoas (católicos e não só),
a verdade é que existem ainda as declarações que conseguem incomodar ambos os lados. É pelo menos assim que me sinto face às afirmações do Professor,
gostaria por isso de deixar patente a mina ideia sobre o assunto.

Primeiro gostaria de salvaguardar que uma relação, ou mesmo "maneira de ser", homossexual não se resume ou esgota em pénis, anûs e interacções entre estes.
Um homossexual não o é exclusivamente por se entregar a situações prazenteiras com finlandeses altos ou angolanos avantajados, da mesma forma que seria chocante para a maioria heterossexual
afirmar que a emotividade destes se resume a vaginas ocupadas!

Em segundo lugar (este sim um tópico mais sério) queria fazer um reparo à opinião exposta pelo Professor. Refere que não devem ser procuradas normas morais na natureza mas sim no pensamento humano.
E não é o pensamento senão parte integrante, estruturante e procedente da natureza humana?
É neste ponto que discordo do Professor, recorrendo ao seu exemplo, não nos damos a prazeres na rua exactamente porque é da nossa natureza não o fazer. A meu ver, a questão da tensão deve exactamente ser vista como uma tensão e não como uma contradição:
sermos culturais advém da nossa natureza e a cultura condiciona a nossa natureza. Em última análise não passa de uma auto-regulação natural.
Faz, desta forma, todo o sentido procurar vectores morais na natureza (em particular na humana mas não só).
Posso não concordar com a forma como as afirmações do Sumo Pontífice abordam o tema da homossexualidade mas não me consigo opor ao "método moral" que estas apregoam.

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