Dienstag, 16. März 2010

Europa Unida (2)

Pegando no post do Filipe, devo dizer que há uma parte no discurso de Victor Hugo que me toca mais; é ela:

Original em francês:

«Un jour viendra où l'on verra ces deux groupes immenses, les États-Unis d'Amérique, les États-Unis d'Europe, placés en face l'un de l'autre, se tendant la main par-dessus les mers, échangeant leurs produits, leur commerce, leur industrie, leurs arts, leurs génies, défrichant le globe, colonisant les déserts, améliorant la création sous le regard du créateur, et combinant ensemble, pour en tirer le bien-être de tous, ces deux forces infinies, la fraternité des hommes et la puissance de Dieu!»


Tradução em inglês:

«A day will come when we shall see those two immense groups, the United States of America and the United States of Europe, facing one another, stretching out their hands across the sea, exchanging their products, their arts, their works of genius, clearing up the globe, making deserts fruitful, ameliorating creation under the eyes of the Creator, and joining together, to reap the well-being of all, these two infinite forces, the fraternity of men and the power of God.»

3 Kommentare:

Anonym hat gesagt…

Delicioso!

Anonym hat gesagt…

os estados-unidos da Europa nunca irão existir, somos demasiado etnocentricos para perceber que só nos safamos se deixarmos de falar "mil" línguas... e acho que o Victor Hugo ter-se-ia mordido a língua só de pensar que o seu querido francês teria d'ir à vida para existir uns estados unidos da Europa (cuja língua oficial teria de ser o inglês - para infelicidade minha, porque sou fluente a francês e não a inglês) todos sabemos que o imperialismo francês nunca desapareceu... (entre outros)eles acham mesmo que continuam a ser o centro do mundo.

não podemos esperar por mais, ter sucesso nos EUA é diferente de ter sucesso na União Europeia... eles não têm fronteiras (a maior delas: linguística). vejamos por ex: um artista (músico) nos EUA que não é conhecido internacionalmente não deixa de ser milionário, um artista em Portugal só pode aspirar a ser classe média (com mtas dúvidas)porque nunca terá projecção no resto dos estados membros, nem que cante em inglês.

E por isto, deixei de sonhar, mas na remota possibilidade de haver uns estados unidos da Europa, eu não teria problemas em abdicar da minha língua materna (português) e vocês?

Esquila.

Filipe hat gesagt…

Gosto da forma como pensas - mas acho que nunca chegaremos a esse ponto. Acho que nunca será necessário abdicarmos das nossas linguas maternas para construirmos a Europa.

O que tem de haver, sim, é um ensino mais generalizado e intensivo das principais línguas da Europa, de modo a que todos tenham pelo menos conhecimentos generosos de Inglês ou Francês e conhecimentos passivos de Italiano, Alemão ou Espanhol.

Esquila, lembra-te da Índia: convencionou-se que o Hindi seria a língua oficial do governo; e isso sem que os Estados Federados indianos deixassem de ter os seus idiomas locais como língua oficial.

Não creio que a diversidade cultural e linguística seja uma fragilidade da UE e da futura Federação Europeia; antes a sua força. Quanto mais nos habituarmos às nossas diferenças, mais nos apercebemos que são irrelevantes para sermos todos amiguinhos; e tornamo-nos numa UE mais tolerante e aberta.