Samstag, 19. Februar 2011

Do Mito e da História


Meus amigos,

ultimamente tenho reflectido sobre algo que uma vez ouvi sobre a origem do nome do nosso país, "Portugal" e sobre um mito em torno do selo real usado por D. Afonso Henriques. Foi aposto em documentos tão importantes como o da doação de Tomar à Ordem dos Templários.

De acordo com a teoria mais pacífica, o nome "Portugal" deriva da conjunção dos nomes antigos do Porto e de Gaia (Portus e Cale).

De acordo com uma curiosa teoria (que roça as teorias da conspiração dan-brown-escas), a escolha do nome para o reino estará ligada ao rumor medieval difundido na Península Ibérica da Reconquista de que o Santo Graal teria sido trazido para o seu Sul, para a região que então era conhecida por Al-Andalus, e lá estaria escondido.

Reparem bem no selo. "Rei Afonso"; "Com seus filhos"; e no centro, dependendo da ordem com que se ler as letras, o resultado tanto pode ser "Portugal" como "POR TU GRAL". O pequeno olho no centro tanto pode ser um "o" como apenas decorativo. Neste segundo caso, o "R" maiúsculo que surge em baixo parece estar um pouco fora do sítio.
Dada a devoção conhecida de D. Afonso I, o selo chegou a levantar dúvidas (e para alguns teóricos da conspiração, ainda levanta) sobre se o Reino se baseava nas cidades de Porto e Gaia (que, curiosamente, tinham pouca importância em comparação com, por exemplo, Coimbra, Guimarães e Lamego...) ou se o Reino se basearia na busca da Cristandade pelo paradeiro do Santo Graal.

Da minha parte, penso que é uma lenda bonita. Também temos direito a preservar este tipo de mitos improváveis e loucos; não acreditaram os Ingleses loucamente que Jesus teria visitado a sua terra, tanto que Blake dedicou a esse acontecimento um poema, "Jerusalem", que ainda hoje é considerado como o hino não oficial de Inglaterra? Não acreditaram os franceses que Joana D'Arc teria mesmo tido contacto com Arcanjo Miguel?

São loucuras destas que fazem de nós um povo; tradições e mistérios que fazem de nós uma cultura antiga; lendas que de nós fazem uma nação.

2 Kommentare:

Hélder Santos Correia hat gesagt…

Aplausos, Filipe!
Obrigado por partilhares o teu conhecimento. De facto, é uma história que nunca tinha ouvido falar. E que interessante que é!

André Cunha hat gesagt…

Gostei :)