Samstag, 1. März 2008

Sou

Sou uma réstia de sombra de um ninguém
Naufragada no tempo e pensamento,
Farrapo de mim ao sabor do vento,
O eco turvo entre a Vida e o Além.

Sou o meu reflexo na noite espelhada,
Uma alma estagnada, podre e tão morta...
E no esquecimento, só me conforta
Saber que sou isto tudo e que não sou nada.

Rafael Silveira Neves, 02.2008

1 Kommentar:

Joana hat gesagt…

Andas a ler Florbela Espanca, meu caro?
Já sabes o que acho da primeira estrofe, e gostei da segunda (vai na mesma linha e completa a primeira)

:)