Freitag, 5. Februar 2010

Contemplação

As livres nuvens que leves percorrem
Em vivaz passeio o amplo céu largo
Pontes irreais como perto estão.
Não se alcançam

Espaço uno divide-se em dois
De além e aquém da nossa condição
De dentro e fora do que somos feitos
E o que nos molda
E em nós que o quebrámos reúne

Matéria nova que ressurge d’onde
Anciã partiu em ciclo perpétuo
Centro que somos

Pedro Afonso Cosme, Outono 2008

1 Kommentar:

Filipe hat gesagt…

echeis mía psyche poetou.

tive de pensar muito para conseguir declinar estas tangas meio-grego antigo, meio-grego moderno;) mas é verdade. és um bom poeta para se ler, grande Cosme!