Samstag, 29. Januar 2011

Primeiras impressões da Escandinávia...

Caros leitores,

Três semanas após a minha chegada a Helsínquia, tenho finalmente o repouso e tempo suficientes para me apresentar pessoalmente a todos vocês e para escrever um texto introdutório para o que espero vir a relatar nos próximos meses. Quero antes de mais agradecer ao meu querido amigo Filipe pelo convite para me juntar a este blog; espero que o meu contributo faça “florescer” ainda mais este Jardim!

Para aqueles que ainda não me conhecem, sou uma estudante de Teatro e Música, e foi o desejo de aprender mais noutro país com uma escola e cultura diferentes que me fez vir até cá tão longe da minha vida em Portugal e de todos os meu familiares e amigos próximos para um semestre de Erasmus.

Antecipei a minha aventura na Finlândia com uma viagem pela Suécia e Lapónia; achei que seria o melhor para mim, visto que é mais que sabido que um corpo lusitano não se adapta de um dia para o outro à realidade de uma vida na Escandinávia; além disso, era um óptimo pretexto para viajar um pouco. Sendo assim, deixei Lisboa no dia 26 de Dezembro rumo a Estocolmo e, após dias de intermináveis passeios pela cidade, parti numa viagem até à Lapónia, conhecida não só por ser a alegada morada do Pai Natal, mas também pelas suas deslumbrantes paisagens naturais, noites polares e Auroras Boreais. Durante a semana que passei por lá, tive o privilégio de usufruir de tudo isto. Em suma, tenho a dizer que a Lapónia é, sem qualquer dúvida, um dos sítios mais bonitos que já visitei. Aguardo com muita expectativa a oportunidade de ir lá no próximo Verão, porque nessa altura terei ao meu dispor coisas completamente diferentes para conhecer e experienciar.

Por fim, cheguei a Helsínquia e pude finalmente deparar-me com a cidade onde vou ficar a estudar durante os próximos meses. Levei bem mais de uma semana a habituar-me e a conseguir orientar-me minimamente por aqui (apesar de se tratar de uma cidade relativamente pequena). As poucas horas de luz solar faziam com que as ruas me parecessem quase todas iguais, e depois quase não tinha coragem para sair de casa por causa do cansaço e, acima de tudo, por causa do frio que se faz sentir por aqui diariamente. Nessa fase inicial, sempre que ia à rua, ficava tão perdida que quando finalmente voltava a dar com a minha casa, já estava completamente gelada.

Creio que esses foram os dias mais estranhos para mim. Assim que as aulas começaram e me obriguei a sair à rua com mais frequência, comecei a aperceber-me do encanto desta pequena cidade e a sentir-me muito feliz por estar aqui. As temperaturas geladas? Habituei-me. Andar na rua com -5 Cº já não me faz confusão (claro que há dias em que fica especialmente frio, com cerca de -15 Cº). E, mesmo só estando cá há um mês, já noto que os dias estão muito maiores (apesar de às 17h já ser noite cerrada; para quem achar isto surpreendente, volto a recuar no tempo: quando cheguei à Escandinávia, as 15.30h já não havia qualquer luz solar), por isso a escuridão também já não me afecta tanto como no início.

E aqui fica o meu primeiro parecer sobre o que é a vida de uma portuguesa em Helsínquia. Nos próximos tempos cá voltarei para partilhar convosco as experiências que estou a viver aqui na Finlândia.

Até breve!

Moikka!

2 Kommentare:

Catarina hat gesagt…

Encantada!Aguardo o próximo relato Samanta! Beijinhos

André Cunha hat gesagt…

Passei umas férias aí ao lado (Suécia e Noruega) e devo dizer que percebo muito do que falas. O mais impressionante em Estocolmo quando lá estive, é que mesmo no Verão, apesar dos dias serem longos, às 16h a cidade estava já completamente morta com excepção dos turistas nos locais comuns de visita.

Gostei muito das montanhas na Noruega e os fjords são das coisas mais impressionantes que alguma vez vi.