«O Badalo do Sino
Toca o órgão voam os corvos,
A desordem típica dos povos.
Nem sei deus, nem sei buda,
Nem sei anjo, nem sei diabo.
Apenas sei que a surda-muda
Gosta dele bem recheado!
Quem tem medo do espantalho?
Seguramente quem tem mangalho.
E quem mangalho não tem?
Quem mangalho não tem, mangalho tivesse!
Quem espantalho não é, espantalho fosse!
Mas, afinal, quem é ela!?
É branca como a neve,
É sempre viscosa, é leve!
Nela transporta toda a colheita,
É ela! A que dá pelo nome de Meita.»
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Júlio Afonso Rato (1875-1947)
5 Kommentare:
denoto uma requintada influência de Bocage?:)
Bocage é o mestre!
«"Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro."»
... e os sonetos de Bocage que são e serão sempre, qualquer coisa ...
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