Mittwoch, 10. Februar 2010

Outro poema de Rato

«O Badalo do Sino

Toca o órgão voam os corvos,
A desordem típica dos povos.

Nem sei deus, nem sei buda,
Nem sei anjo, nem sei diabo.
Apenas sei que a surda-muda
Gosta dele bem recheado!

Quem tem medo do espantalho?
Seguramente quem tem mangalho.
E quem mangalho não tem?

Quem mangalho não tem, mangalho tivesse!
Quem espantalho não é, espantalho fosse!

Mas, afinal, quem é ela!?

É branca como a neve,
É sempre viscosa, é leve!
Nela transporta toda a colheita,
É ela! A que dá pelo nome de Meita.»

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Júlio Afonso Rato (1875-1947)

5 Kommentare:

Filipe hat gesagt…

denoto uma requintada influência de Bocage?:)

Anonym hat gesagt…

Bocage é o mestre!






«"Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro."»

Maria Paulo Rebelo, hat gesagt…

... e os sonetos de Bocage que são e serão sempre, qualquer coisa ...

Hélder Santos Correia hat gesagt…
Dieser Kommentar wurde vom Autor entfernt.
Hélder Santos Correia hat gesagt…
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